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De acordo com o último comunicado da ACF, as temperaturas no Ártico continuam a aquecer a um ritmo mais do que o dobro da média global.
O recém-criado Fórum Climático do Ártico (ACF, na sigla em inglês) – convocado pela Rede de Centros Climáticos Regionais do Ártico (ArcRCC-Network), sob os auspícios da Organização Meteorológica Mundial (OMM) – fornece declarações consensuais sobre as perspectivas climáticas em maio, antes do degelo do verão e do rompimento do gelo marinho, e em outubro, antes do congelamento do inverno e do retorno do gelo marinho.
O papel da Rede ArcRCC é fomentar a colaboração entre os serviços climáticos regionais dos serviços meteorológicos e de gelo do Ártico, de forma a sintetizar observações, tendências históricas, modelos de previsão e preencher lacunas com conhecimentos regionais para produzir declarações climáticas consensuais.
Em sua mais recente declaração de consenso, resultado da quinta sessão do ACF, realizada online nos dias 27 e 28 de maio, o órgão alertou que as temperaturas do Ártico continuam a aquecer a um ritmo mais que o dobro da média global.
O relatório observou que as temperaturas médias anuais do ar na superfície nos últimos quatro anos (2016–2019) no Ártico (60°–85°N) foram as mais altas da série histórica de observações de 1936 a 2019. A extensão do gelo marinho no inverno está em níveis historicamente baixos, e o volume de gelo marinho ártico presente no mês de setembro de 2019 diminuiu em mais de 50% em comparação com o valor médio de 1979–2019.
Concluiu-se que temperaturas do ar na superfície mais elevadas do que o normal sobre a Eurásia e o Oceano Ártico contribuíram para condições de gelo abaixo ou próximas do normal durante o inverno de 2019-2020 em todo o Ártico. Além disso, a variabilidade prevista em temperaturas acima do normal e condições mais úmidas do que a média nas diferentes regiões do Ártico para o período de junho a agosto de 2020 está contribuindo para a variabilidade espacial na previsão do degelo da primavera e da extensão mínima do gelo marinho para o verão de 2020.
Constatou-se também que as temperaturas médias do ar na superfície durante o período de fevereiro, março e abril de 2020 variaram de abaixo do normal no hemisfério ocidental a acima do normal no hemisfério oriental, com a Sibéria registrando um dos períodos de fevereiro, março e abril mais quentes de sua história. Espera-se que as temperaturas acima do normal persistam na maior parte do Ártico entre junho e agosto de 2020.
Entretanto, condições mais úmidas do que a média foram observadas na maior parte do Ártico durante a FMA 2020. Espera-se que essas condições persistam no Alasca e em partes das regiões de Chukchi, Sibéria Oriental e norte do Canadá.
Em março de 2020, no hemisfério norte, a extensão máxima do gelo marinho foi a 11ª menor desde 1979. Espera-se um degelo mais precoce do que o normal na maioria das regiões do Ártico, com exceção do Mar de Barents, do Mar da Groenlândia e da metade leste da Baía de Hudson, onde se prevê um degelo mais tardio do que o normal.
Prevê-se uma extensão mínima de gelo marinho abaixo do normal para a maioria das regiões do Ártico em 2020; as exceções são as condições acima do normal previstas para os mares de Barents e da Groenlândia.
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